A conta decrescente começou. No dia 20 de fevereiro de 2025, a Pi Network rompe o firewall e entra na mainnet aberta. Parece épico, mas antes que os “pioneiros” celebrem, há coisas que você precisa saber.
O Setup de Pi: Mineração móvel que soa demasiado bem
A Pi Network vende-se assim: descarrega a app, toca num botão uma vez por dia, ganha criptomoedas sem gastar bateria. Não precisas de hardware de 10 mil dólares nem de eletricidade cara. Apenas um toque diário. Assim de fácil.
A rede utiliza um algoritmo adaptado do Protocolo Stellar em vez de Proof of Work, o que permite que funcione em qualquer telemóvel. Além disso, os utilizadores ganham mais Pi se:
Adicionam amigos ao “círculo de segurança” (bónus de até 20% + 5 membros máximo)
Usam DApps no ecossistema (mais interação = mais recompensas)
Cinco anos após o lançamento beta (março 2019), a Pi afirma ter 70 milhões de utilizadores. Parece massivo. Mas aqui começa o estranho.
O Drama dos números: 70 milhões vs a realidade on-chain
Pi diz 70 milhões de usuários. O blockchain explora apenas 9,11 milhões de wallets ativas. E desses, apenas 18 milhões completaram a verificação KYC. A matemática não fecha.
Isto significa que a maioria desses “usuários” pode ser contas inativas ou pessoas que tocaram no botão uma vez e se esqueceram. A adoção real provavelmente é um terço do que é publicitado.
Implicação: Se a rede não tiver usuários reais comprando/vendendo Pi quando abrir, o preço pode cair rapidamente.
A bomba-relógio: Inflação desenfreada
Fazemos zoom na oferta circulante de Pi:
Há um ano: ~2.8 mil milhões de Pi
Agora (fevereiro 2025): 5,56 mil milhões de Pi
Duplicou em 12 meses
Qual é o limite máximo? Não há um claro. A equipe pode continuar a minerar/emitir quantos Pi quiser. Compare isso com o Bitcoin (21 milhões de BTC, ponto). Ou Ethereum (teto de emissão ajustável, mas conhecido).
Quando o Pi abrir para o trading real, essa inflação crónica vai pesar. Mais oferta + demanda incerta = pressão baixista inevitável.
O preço: Especulação no limbo
Até agora, o Pi está preso na mainnet fechada. Não há carteiras externas, não há trocas oficiais. Apenas IOUs (promissórias) em plataformas de trading P2P, onde especuladores apostam no preço futuro.
Estes IOUs flutuam entre $61-$70. Isso reflete o valor real do Pi? Ninguém sabe. Quando a mainnet for aberta, dois cenários:
Dump massivo: Os especuladores fecham posições, o preço cai, os pioneiros que mineraram durante anos veem o seu Pi desvalorizado.
FOMO rally: Novos traders entram, o preço sobe a curto prazo… depois cai quando a realidade bate.
Os preços IOU são apostas informadas. Nada mais.
Os riscos reais que ninguém fala
1. Controle centralizado disfarçado de descentralização
Pi diz ser um projeto descentralizado. Mas a equipe central continua a ser dona de tudo. Não há validadores independentes ainda. A equipe pode:
Mudar as regras
Congelar transações
Adiar funcionalidades indefinidamente
Isso não é descentralização, é uma startup com uma blockchain.
2. KYC obrigatório = riscos de privacidade
Para participar na mainnet aberta, precisas de passar a verificação KYC. Significa fornecer dados pessoais, ID, dados bancários. Se os servidores de Pi forem hackeados ( já aconteceu com exchanges ), a tua identidade está comprometida.
Além disso, o modelo de negócio da Pi inclui monetização através de anúncios. Isso significa que o seu comportamento na app está a ser rastreado e vendido.
3. Liquidez fantasma
Mesmo que o Pi seja listado em exchanges, haverá liquidez real? Ou apenas bots movimentando volume falso?
A maioria dos usuários que mineraram Pi esperará pela mainnet aberta para vender. Se todos venderem ao mesmo tempo, o order book colapsa e os preços desabam.
O veredicto: Espera, observa, investiga
O 20 de fevereiro é um marco importante, mas não o fim da história. É o começo do verdadeiro teste.
Os pioneiros têm o direito de estar emocionados. Anos de mineração finalmente podem se tornar algo tangível. Mas também precisam estar alertas:
Os números de usuários não batem
A inflação de Pi é preocupante
O controle continua a ser centralizado
Os preços IOU podem ser armadilhas especulativas
Antes de decidir o que fazer com o seu Pi no dia 20 de fevereiro, faça a sua própria pesquisa. O hype está no máximo. A realidade será diferente.
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A Pi Network vai para a mainnet aberta: É o grande momento ou a armadilha final?
A conta decrescente começou. No dia 20 de fevereiro de 2025, a Pi Network rompe o firewall e entra na mainnet aberta. Parece épico, mas antes que os “pioneiros” celebrem, há coisas que você precisa saber.
O Setup de Pi: Mineração móvel que soa demasiado bem
A Pi Network vende-se assim: descarrega a app, toca num botão uma vez por dia, ganha criptomoedas sem gastar bateria. Não precisas de hardware de 10 mil dólares nem de eletricidade cara. Apenas um toque diário. Assim de fácil.
A rede utiliza um algoritmo adaptado do Protocolo Stellar em vez de Proof of Work, o que permite que funcione em qualquer telemóvel. Além disso, os utilizadores ganham mais Pi se:
Cinco anos após o lançamento beta (março 2019), a Pi afirma ter 70 milhões de utilizadores. Parece massivo. Mas aqui começa o estranho.
O Drama dos números: 70 milhões vs a realidade on-chain
Pi diz 70 milhões de usuários. O blockchain explora apenas 9,11 milhões de wallets ativas. E desses, apenas 18 milhões completaram a verificação KYC. A matemática não fecha.
Isto significa que a maioria desses “usuários” pode ser contas inativas ou pessoas que tocaram no botão uma vez e se esqueceram. A adoção real provavelmente é um terço do que é publicitado.
Implicação: Se a rede não tiver usuários reais comprando/vendendo Pi quando abrir, o preço pode cair rapidamente.
A bomba-relógio: Inflação desenfreada
Fazemos zoom na oferta circulante de Pi:
Qual é o limite máximo? Não há um claro. A equipe pode continuar a minerar/emitir quantos Pi quiser. Compare isso com o Bitcoin (21 milhões de BTC, ponto). Ou Ethereum (teto de emissão ajustável, mas conhecido).
Quando o Pi abrir para o trading real, essa inflação crónica vai pesar. Mais oferta + demanda incerta = pressão baixista inevitável.
O preço: Especulação no limbo
Até agora, o Pi está preso na mainnet fechada. Não há carteiras externas, não há trocas oficiais. Apenas IOUs (promissórias) em plataformas de trading P2P, onde especuladores apostam no preço futuro.
Estes IOUs flutuam entre $61-$70. Isso reflete o valor real do Pi? Ninguém sabe. Quando a mainnet for aberta, dois cenários:
Os preços IOU são apostas informadas. Nada mais.
Os riscos reais que ninguém fala
1. Controle centralizado disfarçado de descentralização
Pi diz ser um projeto descentralizado. Mas a equipe central continua a ser dona de tudo. Não há validadores independentes ainda. A equipe pode:
Isso não é descentralização, é uma startup com uma blockchain.
2. KYC obrigatório = riscos de privacidade
Para participar na mainnet aberta, precisas de passar a verificação KYC. Significa fornecer dados pessoais, ID, dados bancários. Se os servidores de Pi forem hackeados ( já aconteceu com exchanges ), a tua identidade está comprometida.
Além disso, o modelo de negócio da Pi inclui monetização através de anúncios. Isso significa que o seu comportamento na app está a ser rastreado e vendido.
3. Liquidez fantasma
Mesmo que o Pi seja listado em exchanges, haverá liquidez real? Ou apenas bots movimentando volume falso?
A maioria dos usuários que mineraram Pi esperará pela mainnet aberta para vender. Se todos venderem ao mesmo tempo, o order book colapsa e os preços desabam.
O veredicto: Espera, observa, investiga
O 20 de fevereiro é um marco importante, mas não o fim da história. É o começo do verdadeiro teste.
Os pioneiros têm o direito de estar emocionados. Anos de mineração finalmente podem se tornar algo tangível. Mas também precisam estar alertas:
Antes de decidir o que fazer com o seu Pi no dia 20 de fevereiro, faça a sua própria pesquisa. O hype está no máximo. A realidade será diferente.