O ICE Brent conseguiu subir acima dos $68/bbl ontem, fechando quase 1% mais alto, apesar dos volumes de negociação reduzidos durante o feriado do Dia do Trabalho nos EUA. Tenho observado esses movimentos sem brilho com crescente preocupação sobre para onde os preços do petróleo estão a dirigir-se a seguir.
A atenção agora se volta para a reunião da OPEC+ deste fim de semana, que pode ser decisiva para a direção do mercado. Assim como a maioria dos analistas, espero que mantenham os níveis de produção atuais para outubro, tendo já desfeito 2,2 milhões de barris por dia de cortes voluntários nos últimos seis meses.
Mas sejamos realistas - o mercado do petróleo enfrenta um excedente significativo à medida que nos dirigimos para o próximo ano. Este excedente torna aumentos adicionais de oferta altamente improváveis. Na verdade, estou mais preocupado com o cenário oposto, onde a OPEC+ pode realmente restabelecer cortes de produção para lidar com as preocupações de excesso de oferta.
Entretanto, a posição do Brasil como um comprador-chave de diesel russo chamou a atenção de Washington. Os funcionários dos EUA parecem estar a preparar novas restrições comerciais visando as importações de diesel russo do Brasil, que têm uma média superior a 590kt mensais este ano, de acordo com dados da LSEG. Isso pode complicar ainda mais um já tenso panorama energético global.
Com o crude WTI a cair abaixo de $58 e o Brent a pairar em torno dos $62.50, em queda de mais de 4,5%, a pressão sobre os produtores está a aumentar. O recente anúncio de cessar-fogo em Gaza estabilizou temporariamente os preços, mas os desafios estruturais permanecem.
O mercado precisa desesperadamente de direção, e todos os olhos estarão voltados para a OPEC+ para fornecê-la neste fim de semana. A decisão deles pode determinar se continuamos nesta espiral descendente ou encontramos alguma estabilidade de preços em um ambiente global cada vez mais incerto.
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A Reunião da OPEC+ Assume o Centro das Atenções à Medida que os Mercados de Petróleo Enfrentam Incertezas
O ICE Brent conseguiu subir acima dos $68/bbl ontem, fechando quase 1% mais alto, apesar dos volumes de negociação reduzidos durante o feriado do Dia do Trabalho nos EUA. Tenho observado esses movimentos sem brilho com crescente preocupação sobre para onde os preços do petróleo estão a dirigir-se a seguir.
A atenção agora se volta para a reunião da OPEC+ deste fim de semana, que pode ser decisiva para a direção do mercado. Assim como a maioria dos analistas, espero que mantenham os níveis de produção atuais para outubro, tendo já desfeito 2,2 milhões de barris por dia de cortes voluntários nos últimos seis meses.
Mas sejamos realistas - o mercado do petróleo enfrenta um excedente significativo à medida que nos dirigimos para o próximo ano. Este excedente torna aumentos adicionais de oferta altamente improváveis. Na verdade, estou mais preocupado com o cenário oposto, onde a OPEC+ pode realmente restabelecer cortes de produção para lidar com as preocupações de excesso de oferta.
Entretanto, a posição do Brasil como um comprador-chave de diesel russo chamou a atenção de Washington. Os funcionários dos EUA parecem estar a preparar novas restrições comerciais visando as importações de diesel russo do Brasil, que têm uma média superior a 590kt mensais este ano, de acordo com dados da LSEG. Isso pode complicar ainda mais um já tenso panorama energético global.
Com o crude WTI a cair abaixo de $58 e o Brent a pairar em torno dos $62.50, em queda de mais de 4,5%, a pressão sobre os produtores está a aumentar. O recente anúncio de cessar-fogo em Gaza estabilizou temporariamente os preços, mas os desafios estruturais permanecem.
O mercado precisa desesperadamente de direção, e todos os olhos estarão voltados para a OPEC+ para fornecê-la neste fim de semana. A decisão deles pode determinar se continuamos nesta espiral descendente ou encontramos alguma estabilidade de preços em um ambiente global cada vez mais incerto.