O Banco Central do Brasil (BCB) publicou três resoluções regulatórias na segunda-feira, 10 de novembro de 2025, classificando oficialmente toda a atividade de stablecoins referenciadas em moeda fiduciária, incluindo compras, vendas, trocas e transferências transfronteiriças, como operações no mercado cambial.
As Resoluções BCB Nº 519, 520 e 521, que entrarão em vigor a partir de 2 de fevereiro de 2026, afirmam que transações com USDT, USDC, tokens lastreados em BRL ou qualquer outra stablecoin respaldada por moeda fiduciária serão classificadas e consideradas como remessas internacionais tradicionais ou negociações cambiais, sujeitas às mesmas regras de reporte, tributação e combate à lavagem de dinheiro.
Após a implementação da resolução, apenas instituições autorizadas pelo BCB, seja bancos tradicionais de câmbio ou as recém-estabelecidas Sociedades Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais (SPSAVs), poderão oferecer esses serviços aos residentes brasileiros.
Os requisitos principais incluem reporte em tempo real de todas as transações com stablecoins ao sistema de monitoramento cambial do Banco Central (SML), limite de $100.000 por transação ao lidar com instituições estrangeiras não licenciadas, e KYC obrigatório, bem como prova de origem e destino para qualquer transferência envolvendo carteiras de autocustódia realizadas por um provedor local.
Além disso, os requisitos de capital mínimo para as SPSAVs variam de R$1 milhão a R$35 milhão, aproximadamente $175.000 a $6,2 milhões na taxa de câmbio atual, dependendo da escala das operações.
90% das Criptomoedas no Brasil são Stablecoins
Durante a coletiva de imprensa, o Diretor de Regulação do BCB, Otávio Damaso, confirmou que as stablecoins já representam cerca de 90% do volume de transações em criptomoedas no Brasil e são usadas principalmente como proxies do dólar para pagamentos internacionais.
“Estamos simplesmente integrando a realidade ao quadro regulatório”, afirmou Damaso.
As solicitações de licença para SPSAVs devem abrir no início de 2026, com reporte transfronteiriço obrigatório a partir de 4 de maio de 2026. Espera-se que qualquer empresa operando sem autorização deixe de atuar até novembro de 2026.
Após o anúncio, as principais exchanges locais, incluindo Mercado Bitcoin, Novadax, Foxbit e Bitz, acolheram e aceitaram a decisão regulatória, enquanto plataformas menores e projetos DeFi sinalizaram possíveis custos de conformidade. Analistas esperam consolidação, mas concordam que as regras aumentarão significativamente a confiança institucional no setor.
De acordo com o Índice de Adoção Global de Criptomoedas 2025 da Chainalysis, o Brasil recebeu $319 bilhão em valor on-chain entre meados de 2024 e meados de 2025, tornando-se um dos maiores mercados de criptomoedas do mundo.
A nova resolução deve posicionar o Brasil entre as jurisdições mais avançadas globalmente na regulamentação de stablecoins lastreadas em moeda fiduciária, encerrando efetivamente o capítulo dos fluxos digitais de dólar não regulados, dos quais milhões de cidadãos e empresas dependem há anos.
Este artigo foi originalmente publicado como Banco Central do Brasil Classifica Transações de Stablecoin como Operações Cambiais no Crypto Breaking News – sua fonte confiável de notícias de criptomoedas, notícias de Bitcoin e atualizações de blockchain.
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Banco Central do Brasil classifica transações com stablecoins como operações de câmbio
O Banco Central do Brasil (BCB) publicou três resoluções regulatórias na segunda-feira, 10 de novembro de 2025, classificando oficialmente toda a atividade de stablecoins referenciadas em moeda fiduciária, incluindo compras, vendas, trocas e transferências transfronteiriças, como operações no mercado cambial.
As Resoluções BCB Nº 519, 520 e 521, que entrarão em vigor a partir de 2 de fevereiro de 2026, afirmam que transações com USDT, USDC, tokens lastreados em BRL ou qualquer outra stablecoin respaldada por moeda fiduciária serão classificadas e consideradas como remessas internacionais tradicionais ou negociações cambiais, sujeitas às mesmas regras de reporte, tributação e combate à lavagem de dinheiro.
Após a implementação da resolução, apenas instituições autorizadas pelo BCB, seja bancos tradicionais de câmbio ou as recém-estabelecidas Sociedades Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais (SPSAVs), poderão oferecer esses serviços aos residentes brasileiros.
Os requisitos principais incluem reporte em tempo real de todas as transações com stablecoins ao sistema de monitoramento cambial do Banco Central (SML), limite de $100.000 por transação ao lidar com instituições estrangeiras não licenciadas, e KYC obrigatório, bem como prova de origem e destino para qualquer transferência envolvendo carteiras de autocustódia realizadas por um provedor local.
Além disso, os requisitos de capital mínimo para as SPSAVs variam de R$1 milhão a R$35 milhão, aproximadamente $175.000 a $6,2 milhões na taxa de câmbio atual, dependendo da escala das operações.
90% das Criptomoedas no Brasil são Stablecoins
Durante a coletiva de imprensa, o Diretor de Regulação do BCB, Otávio Damaso, confirmou que as stablecoins já representam cerca de 90% do volume de transações em criptomoedas no Brasil e são usadas principalmente como proxies do dólar para pagamentos internacionais.
“Estamos simplesmente integrando a realidade ao quadro regulatório”, afirmou Damaso.
As solicitações de licença para SPSAVs devem abrir no início de 2026, com reporte transfronteiriço obrigatório a partir de 4 de maio de 2026. Espera-se que qualquer empresa operando sem autorização deixe de atuar até novembro de 2026.
Após o anúncio, as principais exchanges locais, incluindo Mercado Bitcoin, Novadax, Foxbit e Bitz, acolheram e aceitaram a decisão regulatória, enquanto plataformas menores e projetos DeFi sinalizaram possíveis custos de conformidade. Analistas esperam consolidação, mas concordam que as regras aumentarão significativamente a confiança institucional no setor.
De acordo com o Índice de Adoção Global de Criptomoedas 2025 da Chainalysis, o Brasil recebeu $319 bilhão em valor on-chain entre meados de 2024 e meados de 2025, tornando-se um dos maiores mercados de criptomoedas do mundo.
A nova resolução deve posicionar o Brasil entre as jurisdições mais avançadas globalmente na regulamentação de stablecoins lastreadas em moeda fiduciária, encerrando efetivamente o capítulo dos fluxos digitais de dólar não regulados, dos quais milhões de cidadãos e empresas dependem há anos.
Este artigo foi originalmente publicado como Banco Central do Brasil Classifica Transações de Stablecoin como Operações Cambiais no Crypto Breaking News – sua fonte confiável de notícias de criptomoedas, notícias de Bitcoin e atualizações de blockchain.