Relatório de investigação da comissão: o presidente da Argentina, Milei, forneceu 'assistência necessária' no caso de fraude da moeda criptográfica Libra.
Source: PortaldoBitcoin
Título Original: CPI da Libra diz que Javier Milei prestou ‘colaboração essencial’ em suposto esquema de fraude com criptomoedas
Link Original:
Conclusão da Comissão de Investigação
Após três meses de investigação, a Comissão de Inquérito sobre o caso Libra da Câmara dos Deputados da Argentina apresentou seu relatório final, concluindo que o presidente Javier Milei ofereceu o que é considerado “assistência necessária” em um esquema de fraude relacionado a criptomoedas.
De acordo com o relatório, a promoção da criptomoeda Libra ($LIBRA) pelo presidente, incluindo a publicação de um post destacado em sua conta verificada, impulsionou o aumento das compras e levou ao colapso subsequente do ativo, sendo este evento descrito como semelhante a um rug pull.
O comitê afirma que Milei nunca explicou como obteve o número do contrato da criptomoeda — este dado não era público — e que não consultou nenhum departamento técnico do governo antes da promoção. O ex-chefe de gabinete Guillermo Francos confirmou que não houve nenhuma análise oficial anterior.
Provas de blockchain e fluxo financeiro
A investigação incluiu análise de blockchain e descobriu uma corrente financeira consistente entre os operadores relacionados ao projeto Libra e o lançamento da moeda digital KIP, que também foi promovida por Milei há alguns meses. Para os congressistas, isso constitui um padrão de comportamento para “monetizar a imagem do presidente” e evitar mecanismos de controle estatal.
De acordo com o comitê, a Libra causou enormes perdas: 114,410 carteiras sofreram perdas, incluindo 498 investidores que perderam mais de 100 mil dólares cada um. Por outro lado, 36 carteiras tiveram ganhos superiores a 1 milhão de dólares.
Perspectivas de impeachment sombrias
Apesar da severidade das conclusões da investigação, a oposição reconhece que é difícil conseguir votos suficientes para avançar com o processo de impeachment. O grupo de Milei foi fortalecido após as eleições e deve ter uma maioria suficiente no comitê e um terço da assembleia geral - que é o número necessário para bloquear qualquer tentativa de responsabilização.
Em junho deste ano, o Escritório de Combate à Corrupção do Ministério da Justiça da Argentina (OA) concluiu que o presidente Javier Milei não violou a lei de ética pública do país ao promover a criptomoeda Libra, em fevereiro.
De acordo com a instituição, Milei age em nome pessoal e não atingiu o nível de atividades oficiais do governo ou reconhecimento de ativos.
Processo de Investigação
Em setembro, a Câmara dos Deputados da Argentina aprovou a “Comissão Especial de Investigação da Criptomoeda LIBRA”, convocando a irmã do presidente Milei, Karina Milei, e aliados suspeitos, assim como o fundador da Cardano, Charles Hoskinson, como testemunhas. Milei pode apresentar sua defesa por escrito.
No caso de Hoskinson, ele foi convocado devido a comentários feitos em fevereiro, quando alegou que em um evento alguém o havia convidado a fornecer fundos para ajudá-lo a se encontrar com o presidente da Argentina.
No início deste mês, um juiz ordenou a congelamento de ativos relacionados ao escândalo depois que investigadores descobriram que Hayden Davis, o CEO da Kelsier Ventures, poderia ter feito “pagamentos indiretos a funcionários públicos”.
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Relatório de investigação da comissão: o presidente da Argentina, Milei, forneceu 'assistência necessária' no caso de fraude da moeda criptográfica Libra.
Source: PortaldoBitcoin Título Original: CPI da Libra diz que Javier Milei prestou ‘colaboração essencial’ em suposto esquema de fraude com criptomoedas Link Original:
Conclusão da Comissão de Investigação
Após três meses de investigação, a Comissão de Inquérito sobre o caso Libra da Câmara dos Deputados da Argentina apresentou seu relatório final, concluindo que o presidente Javier Milei ofereceu o que é considerado “assistência necessária” em um esquema de fraude relacionado a criptomoedas.
De acordo com o relatório, a promoção da criptomoeda Libra ($LIBRA) pelo presidente, incluindo a publicação de um post destacado em sua conta verificada, impulsionou o aumento das compras e levou ao colapso subsequente do ativo, sendo este evento descrito como semelhante a um rug pull.
O comitê afirma que Milei nunca explicou como obteve o número do contrato da criptomoeda — este dado não era público — e que não consultou nenhum departamento técnico do governo antes da promoção. O ex-chefe de gabinete Guillermo Francos confirmou que não houve nenhuma análise oficial anterior.
Provas de blockchain e fluxo financeiro
A investigação incluiu análise de blockchain e descobriu uma corrente financeira consistente entre os operadores relacionados ao projeto Libra e o lançamento da moeda digital KIP, que também foi promovida por Milei há alguns meses. Para os congressistas, isso constitui um padrão de comportamento para “monetizar a imagem do presidente” e evitar mecanismos de controle estatal.
De acordo com o comitê, a Libra causou enormes perdas: 114,410 carteiras sofreram perdas, incluindo 498 investidores que perderam mais de 100 mil dólares cada um. Por outro lado, 36 carteiras tiveram ganhos superiores a 1 milhão de dólares.
Perspectivas de impeachment sombrias
Apesar da severidade das conclusões da investigação, a oposição reconhece que é difícil conseguir votos suficientes para avançar com o processo de impeachment. O grupo de Milei foi fortalecido após as eleições e deve ter uma maioria suficiente no comitê e um terço da assembleia geral - que é o número necessário para bloquear qualquer tentativa de responsabilização.
Em junho deste ano, o Escritório de Combate à Corrupção do Ministério da Justiça da Argentina (OA) concluiu que o presidente Javier Milei não violou a lei de ética pública do país ao promover a criptomoeda Libra, em fevereiro.
De acordo com a instituição, Milei age em nome pessoal e não atingiu o nível de atividades oficiais do governo ou reconhecimento de ativos.
Processo de Investigação
Em setembro, a Câmara dos Deputados da Argentina aprovou a “Comissão Especial de Investigação da Criptomoeda LIBRA”, convocando a irmã do presidente Milei, Karina Milei, e aliados suspeitos, assim como o fundador da Cardano, Charles Hoskinson, como testemunhas. Milei pode apresentar sua defesa por escrito.
No caso de Hoskinson, ele foi convocado devido a comentários feitos em fevereiro, quando alegou que em um evento alguém o havia convidado a fornecer fundos para ajudá-lo a se encontrar com o presidente da Argentina.
No início deste mês, um juiz ordenou a congelamento de ativos relacionados ao escândalo depois que investigadores descobriram que Hayden Davis, o CEO da Kelsier Ventures, poderia ter feito “pagamentos indiretos a funcionários públicos”.