# O Paraguai dá meia-volta: de proibir a mineração cripto a vender energia hidroelétrica

Giro inesperado em Paraguay. Há poucos dias, os legisladores pediam para proibir a mineração de criptomoedas por "roubo de eletricidade", mas agora o governo mudou de estratégia: em vez de fechar operações, planeja vender o excedente de energia hidrelétrica aos mineradores.

Os números são suculentos:

- **2024**: 45 empresas mineradoras autorizadas gerariam **$48 milhões** em receitas para a ANDE (operador nacional de eletricidade)
- **2025**: projeção de **$125 milhões** conforme instalem mais equipamentos

A aritmética é simples, mas eficaz. A represa de Itaipú produz eletricidade a ~$22 por MWh, mas a ANDE a venderia a mineradores a $40 por MWh = **45% de margem líquida**.

Paradoxo político típico: ontem o delito elétrico, hoje a oportunidade fiscal. Com a energia hidrelétrica abundante e subutilizada, o Paraguai descobriu que a mineração cripto é um negócio melhor do que proibi-la. O próximo passo pode ser se posicionar como um hub minerador da América do Sul.