O franco suíço (CHF) está arrasando hoje frente ao dólar americano (USD), com o par USD/CHF a despencar abaixo do nível psicológico de 0.8000 até tocar seu ponto mais baixo desde o final de julho. Enquanto escrevo isto, o par está cotado perto de 0.7972, com uma queda brutal de quase 1.0% no dia! E tudo porque o dólar verde afundou após alguns dados de emprego americanos que me deixaram boquiaberto de quão ruins são.
O relatório de Emprego Não Agrícola (NFP) confirmou o que alguns já temiam: o mercado de trabalho americano está esfriando mais rápido do que aqueles analistas otimistas queriam admitir. A economia mal adicionou 22.000 empregos em agosto! Uma miséria comparada com os 75.000 que esperavam. E como se não bastasse, a taxa de desemprego subiu para 4,3%, seu nível mais alto desde o final de 2021.
Os grandes operadores do mercado já estavam apostando em um corte de 25 pontos base, mas agora há 12% de probabilidade de um corte de 50 pontos, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME. Antes do relatório de empregos, essa possibilidade nem existia. Isso fez com que o Índice do Dólar (DXY) despencasse para níveis não vistos desde julho.
Kevin Hassett, conselheiro da Casa Branca, tentou suavizar a situação chamando-o de "um pouco decepcionante", mas vamos lá... isso é como dizer que o Titanic teve "um pequeno incidente com um iceberg". A realidade é que os mercados já estão antecipando uma mudança drástica na política monetária.
Os rendimentos do Tesouro americano afundaram, com o bono a 10 anos a cair para 4,08% e o de 2 anos para 3,49%, ambos em mínimos desde abril. Isto reflete o pânico que está a apoderar-se dos mercados perante a possibilidade de uma desaceleração económica mais grave.
Na próxima semana teremos o relatório de inflação (IPC) americano, que será crucial para definir as expectativas da Fed. Se vermos uma inflação mais baixa, aumentarão as possibilidades de um corte agressivo de 50 pontos base, o que provavelmente afundará ainda mais o dólar.
O franco suíço tem se mostrado especialmente forte em relação a outras moedas principais, destacando-se particularmente em relação ao dólar canadense, onde registrou o maior ganho percentual segundo o mapa de calor de moedas.
O que está claro é que o mercado está a enviar uma mensagem inequívoca: a economia americana já não é o motor imparável que parecia ser, e o Fed terá de agir com contundência. Entretanto, o franco suíço beneficia-se desta fraqueza americana, consolidando-se como valor refúgio nestes tempos de incerteza.
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O franco suíço dispara contra o dólar após um péssimo relatório de emprego dos Estados Unidos
O franco suíço (CHF) está arrasando hoje frente ao dólar americano (USD), com o par USD/CHF a despencar abaixo do nível psicológico de 0.8000 até tocar seu ponto mais baixo desde o final de julho. Enquanto escrevo isto, o par está cotado perto de 0.7972, com uma queda brutal de quase 1.0% no dia! E tudo porque o dólar verde afundou após alguns dados de emprego americanos que me deixaram boquiaberto de quão ruins são.
O relatório de Emprego Não Agrícola (NFP) confirmou o que alguns já temiam: o mercado de trabalho americano está esfriando mais rápido do que aqueles analistas otimistas queriam admitir. A economia mal adicionou 22.000 empregos em agosto! Uma miséria comparada com os 75.000 que esperavam. E como se não bastasse, a taxa de desemprego subiu para 4,3%, seu nível mais alto desde o final de 2021.
Os grandes operadores do mercado já estavam apostando em um corte de 25 pontos base, mas agora há 12% de probabilidade de um corte de 50 pontos, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME. Antes do relatório de empregos, essa possibilidade nem existia. Isso fez com que o Índice do Dólar (DXY) despencasse para níveis não vistos desde julho.
Kevin Hassett, conselheiro da Casa Branca, tentou suavizar a situação chamando-o de "um pouco decepcionante", mas vamos lá... isso é como dizer que o Titanic teve "um pequeno incidente com um iceberg". A realidade é que os mercados já estão antecipando uma mudança drástica na política monetária.
Os rendimentos do Tesouro americano afundaram, com o bono a 10 anos a cair para 4,08% e o de 2 anos para 3,49%, ambos em mínimos desde abril. Isto reflete o pânico que está a apoderar-se dos mercados perante a possibilidade de uma desaceleração económica mais grave.
Na próxima semana teremos o relatório de inflação (IPC) americano, que será crucial para definir as expectativas da Fed. Se vermos uma inflação mais baixa, aumentarão as possibilidades de um corte agressivo de 50 pontos base, o que provavelmente afundará ainda mais o dólar.
O franco suíço tem se mostrado especialmente forte em relação a outras moedas principais, destacando-se particularmente em relação ao dólar canadense, onde registrou o maior ganho percentual segundo o mapa de calor de moedas.
O que está claro é que o mercado está a enviar uma mensagem inequívoca: a economia americana já não é o motor imparável que parecia ser, e o Fed terá de agir com contundência. Entretanto, o franco suíço beneficia-se desta fraqueza americana, consolidando-se como valor refúgio nestes tempos de incerteza.