
O exit scam é uma prática fraudulenta na indústria de criptomoedas, na qual fundadores ou desenvolvedores de projetos desaparecem intencionalmente ou encerram o projeto após captarem grandes quantias, levando consigo todo o dinheiro dos investidores. Esse tipo de golpe ocorre principalmente em ICOs (Oferta Inicial de Moedas), projetos DeFi (Finanças Descentralizadas) ou exchanges. Tal como os esquemas Ponzi nos mercados financeiros tradicionais, os exit scams são mais difíceis de prevenir e punir devido à ausência de regulação robusta no universo blockchain e ao relativo anonimato das transações. Esses golpes já provocaram prejuízos de bilhões de dólares em todo o setor de criptomoedas, minando gravemente a confiança dos investidores e a reputação da indústria.
Os exit scams costumam apresentar aspectos típicos que auxiliam investidores a identificar riscos potenciais:
Um conceito relacionado é o "rug pull", que ocorre quando criadores de projetos DeFi retiram fundos das pools de liquidez, provocando o colapso imediato dos valores dos tokens. A diferença principal é que os exit scams tendem a envolver estruturas mais complexas e planejamento prolongado.
Os exit scams têm efeitos profundos sobre o mercado de criptomoedas:
Dados apontam que, só em 2021, exit scams e outros golpes com criptomoedas causaram perdas próximas a US$ 2,8 bilhões, valor que aumentou ainda mais em 2022.
Para investidores e participantes do setor, os exit scams trazem diversos riscos e desafios:
Entre as medidas preventivas estão: pesquisar minuciosamente o histórico da equipe, conferir relatórios de auditoria de código, verificar a autenticidade da comunidade, desconfiar de promessas de altos retornos, diversificar os investimentos e investir apenas em projetos que compreende.
Os exit scams são um obstáculo relevante ao desenvolvimento do setor de criptomoedas, causando não apenas perdas financeiras diretas, mas também afetando a legitimidade e credibilidade de todo o setor. Com a maturação do mercado, espera-se que estruturas regulatórias mais robustas, governança mais transparente e maior educação dos investidores reduzam essas fraudes. No entanto, para os próximos anos, cautela e diligência continuam sendo a melhor proteção para investidores.
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