O velho Huang voltou a surpreender! Desta vez, definiu o Bitcoin diretamente como um “transportador de energia”. Parece meio místico, mas pensando bem, até faz algum sentido.

O chefe da NVIDIA lançou recentemente uma ideia: aquelas centrais hidroelétricas e parques eólicos em cantos remotos do mundo, a eletricidade que produzem muitas vezes não consegue ser distribuída, acabando desperdiçada ou simplesmente abandonada. Mas basta ligar umas máquinas de mineração e, de repente, essa “energia isolada” encontra um destino — é convertida em Bitcoin, transformando-se num ativo digital que cabe no telemóvel.

Dito de forma simples, trata-se de transformar energia limitada pela geografia em valor sem fronteiras. Mesmo que a rede elétrica falhe, continua a ser possível transacioná-lo — é uma jogada mesmo ousada.

Antes toda a gente se queixava de que a mineração gastava demasiada eletricidade, mas mudando a perspetiva: na verdade, isto está a “reciclar” energia que de outra forma seria desperdiçada. Aquela eletricidade que se perdia nos vales agora pode ser convertida em ativos criptográficos globais e, quem sabe, até vir a equilibrar as redes elétricas do futuro. Repara: os poços de petróleo esgotam-se, os cabos elétricos podem partir, mas um Bitcoin, uma vez gerado, pode cruzar meio mundo em segundos.

Esta monetização da energia será que pode ser o próximo grande salto tecnológico? O facto de um gigante dos chips de IA dar apoio público a isto merece reflexão sobre a lógica de negócio por trás.

A democratização da energia ainda soa distante, mas as máquinas de mineração já estão a fazê-lo. Achas que este caminho tem futuro?